No último dia 7, sexta-feira, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para esclarecimento e estímulo ao planejamento familiar. A ação tem como objetivo garantir o maior acesso à informação e aos métodos contraceptivos disponíveis nas Unidades de Saúde.Em Ilhota, pílulas anticoncepcionais e preservativos são distribuídos para a população a fim de contribuir com o controle de natalidade. Além disso, cirurgias como de vasectomia a laqueadura também podem ser agendadas.De acordo com informações da Secretaria de Saúde, o número de adolescentes e jovens que procuram pelos métodos tem aumentado, ao mesmo tempo em que nota-se a falta de informação da comunidade com relação ao planejamento familiar.Para Elisabeth Nunes, farmacêutica responsável pelo Posto de Saúde do Centro, a maior causa da gravidez na adolescência ainda é a desinformação. “Há também um despreparo das famílias, que não sabem como lidar com o adolescente e por isso não permitem diálogo sobre esses assuntos dentro de casa”, conta.O secretário da Saúde, Lavino Miguel Nunes, explica que o município não possui um programa específico de acompanhamento, porém, toda instrução e conscientização é dada para aqueles que solicitam a medicação contraceptiva.Antes que algum munícipe decida fazer a vasectomia ou a laqueadura, por exemplo, funcionários da secretária se encarregam de explicar o procedimento e as conseqüências do ato. Caso seja necessário, há também um acompanhamento psicológico para auxiliar na decisão.Elisabeth lembra que apenas jovens com 25 anos ou mais e pais de pelo menos dois filhos estão aptos a se submeterem à cirurgia.
Campanha
Foram entregues a todos os estados e municípios 11 milhões de cartelas de pílulas anticoncepcionais, do total de 50 milhões previstos para este ano.
A campanha de esclarecimento no rádio e na televisão terá como slogan "Se cuide, filho não é brincadeira" e será veiculada no período de 09 a 22 de março. A campanha terá também cartazes e anúncios em revistas.
As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde de 27 estados e capitais ficarão responsáveis por redistribuir os métodos aos municípios. Com a distribuição descentralizada, o objetivo é agilizar a chegada dos métodos à população.
A entrega dos demais métodos contraceptivos, como os anticoncepcionais injetáveis, dispositivos intra-uterinos (DIUs), diafragmas, ocorrerá nos próximos 90 dias.