“O que ainda precisa ser feito?”. Foi fazendo esta pergunta que um grupo de voluntários de diferentes partes do país deu início aos trabalhos de auxílio às vítimas dos eventos naturais que atingiram o município nas últimas semanas. Mais de 50 voluntários chegaram ontem, segunda-feira, à cidade e já deram início às atividades.
Um dos responsáveis pela coordenação dos trabalhos, Raniere Pontes, esclarece que o grupo, chamado de “Aliança por Ilhota”, dispõe de duas retroescavadeiras, quatro caminhões, médicos, psicólogos, enfermeiros, recreadores e professores. “Eu diria que nossa equipe é interdisciplinar. Estamos nos esforçando para atender diferentes áreas nesse momento difícil”. Nesta sexta-feira, 19, um helicóptero deverá ser enviado para auxiliar os trabalhos.
Dentre as atividades realizadas pelos voluntários, está a desobstrução de passagens e visitas aos abrigos. “Nosso maquinário esteve em algumas regiões afetadas da cidade e ajudou na liberação de estradas, dentre outros serviços. Recreadores também trabalham com crianças e jovens nos abrigos, seja com brincadeiras ou apenas conversando”, ressalta.
O grupo também auxilia na distribuição dos donativos que chegam de diferentes estados. A Aliança por Ilhota dispõe de carros que levam os mantimentos nas casas de pessoas afetadas, juntamente com agentes de saúde que possuem o cadastro da população, e atua em parceria com os pontos de distribuição da cidade.
Raniere conta que o grupo oferece três tipos de ajuda. Na recuperação de móveis, para aqueles que tiveram perdas materiais menores; na reforma de casas para aqueles que sofreram prejuízos estruturais em suas residências; e na construção de novas casas para aqueles que perderam tudo. “Parte de nossos recursos vem da rede americana Wal-Mart, bem como de sua filial brasileira”, explica.
O grupo conta com voluntários de diferentes organizações não governamentais, como a Visão Mundial, SOS Ilhota, Igreja Batista Jardim Eldorado de Palhoça, Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral, Primeira Igreja Batista de Florianópolis, além do apoio da Prefeitura de Ilhota através das secretarias de Saúde, Assistência Social, Turismo Indústria e Comércio e da Defesa Civil.
Ilhota
Raniere revela que o grupo escolheu Ilhota como ponto de atuação após visitar as cidades de Itajaí, Gaspar, Blumenau e Luis Alves. “Vimos que Ilhota foi um dos municípios mais afetados e tivemos muita facilidade em obter informações sobre a tragédia e as necessidades da cidade junto à Prefeitura”.