Na última terça-feira (17) o Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora da Glória, no Braço do Baú, sediou uma Audiência Pública. A reunião, que teve início às 19h e término às 21h55, teve como principal objetivo esclarecer dúvidas e ouvir reivindicações dos moradores do Complexo do Baú, uma das localidades mais afetadas em Santa Catarina pelos eventos naturais de novembro de 2008. Cerca de 600 moradores estavam presentes.
O encontro atendeu uma solicitação da Associação dos Desabrigados e Atingidos da Região do Baú (Adarb) junto à Assembléia Legislativa do Estado. A entidade foi instituída em janeiro deste ano e conta com 18 membros que representam as seis localidades do Complexo do Baú – Baú Baixo, Baú Central, Braço do Baú, Alto Braço do Baú, Baú Seco e Alto Baú.
A mesa de autoridades foi presidida pela deputada estadual Ana Paula Lima, que também capitaneia o Fórum de Solidariedade e pela Reconstrução das Cidades Atingidas pelas Enchentes e Deslizamentos, e foi composta pelos deputados Adherbal Deba Cabral; Giancarlo Tomelin, César Souza Júnior e Joares Pontinelli, além do prefeito de Ilhota, Ademar Felisky e o vice-prefeito Antônio Schmitz. Representantes da Adarb, Defesa Civil de Santa Catarina, Epagre e outras entidades também participaram da composição da mesa.
Solicitações da presidente da Adarb, Tatiana Reichert e dos moradores atingidos foram ouvidas e esclarecidas pelas autoridades presentes. Uma das indagações mais importantes, que é a que garantia do benefício do auxílio reação aos agricultores que perderam suas lavouras, foi ouvida pelos deputados e será levada à pauta da Alesc. Questionamentos sobre postos de saúde, que estão temporariamente fechados para reestruturação, e a Escola Municipal Alberto Schmidt, que já foi liberada pela Defesa Civil e geólogos para sediar as aulas normalmente, também foram esclarecidas pelo prefeito Felisky. O secretário de Desenvolvimento Regional, Paulo França, apresentou os valores que já foram investidos em Ilhota e os trabalhos realizados através do Governo do Estado. O único questionamento que não foi totalmente esclarecido é relativo às casas que serão construídas pela Cohab/SC. Ainda não há uma definição se as residências serão doadas ou como se dará a forma de pagamento. De acordo com o andamento das negociações para a construção dos novos lares e o cadastramento dos moradores necessitados, a forma de aquisição das casas será debatida.